segunda-feira, 13 de novembro de 2017

A Terra Prometida - Parte 3 - Os Cananeus (Continuação)



 

Canaã, o neto amaldiçoado de Noé, teve vários filhos, dos quais suas descendências geraram poderosas nações. Mas quem eram estes filhos e como eles viviam?

Este estudo trata de um compilado dos sites Biblia.com.br, Wikipedia e outros. Devido a riqueza das informações, é recomendável que os leitores pesquisem nos links deixados para melhor aprendizagem e conhecimento bíblico.

Citando novamente o livro de Gênesis, o capítulo 10 diz:

15. E Canaã gerou a Sidom, seu primogênito, e a Hete;
16. E ao jebuseu, ao amorreu, ao girgaseu,
17. E ao heveu, ao arqueu, ao sineu,
18. E ao arvadeu, ao zemareu, e ao hamateu, e depois se espalharam as famílias dos cananeus.
19. E foi o termo dos cananeus desde Sidom, indo para Gerar, até Gaza; indo para Sodoma e Gomorra, Admá e Zeboim, até Lasa.

Gênesis 10:15-19

O site Wikipedia descreve a espetacular história de Sin, o pai do povo sineu. Para aqueles que duvidam da veracidade deste site, deixarei os links utilizados por este no final da descrição.

Sin, também chamado de Seni ou Sinim, significa ‘pico’, ‘barro’ ou ‘lama’. Ele foi um dos filhos de Canaã, filho de Cam, posteriormente, filho de Noé. Sin é retratado de forma indireta na Bíblia, através de seus descendentes, conhecidos como ‘sineus’ na versão lusófona e ‘sinites’ (sinitas) na versão anglófona, formas totalmente distintas, o que pode gerar possíveis equívocos. Acredita-se que os sineus fossem originários de Zim, uma cidade da costa ao norte da Fenícia”.

“Dois filhos de Canaã, Hete (hititas ou heteus) e Sin (sinitas ou sineus), são presumidos serem os progenitores da família Chinesa e Mongoloide. Os Hititas foram conhecidos como os Hattiou Chatti nos monumentos egípcios, as pessoas hititas foram esculpidas como narizes bem à vista, lábios cheios, bochechas grandes, faces sem pelos, variando a cor da pele do marrom para o amarelado e avermelhado, cabelo preto liso e olhos marrom-escuros”.

“O termo Hitita em Cuneiforme (a primeira forma de escrita, inventada pelos Sumérios) aparece como Khittae representando desde então uma poderosa nação do Extremo Oriente conhecida como os Khitai, e tem sido preservada ao longo dos séculos no termo mais familiar, Catai. Os Catai foram os mongoloides, considerados uma parte da primeira família chinesa. Há ligações entre os conhecidos Hititas e Catai, por exemplo, seus modos de se vestirem, seus sapatos com os dedos do pé à mostra, sua maneira de arrumar o cabelo em uma trança, e etc. Representações os mostram tendo possuído bochechas grandes, e craniologistas têm observado que eles tinham características comuns aos mongoloides”.

“Sin, um irmão de Hete, tem muitas ocorrências em formas variantes no Extremo Oriente. Há um destaque significante concernente ao provável modo de origem da civilização chinesa. O lugar mais associado pelos próprios chineses para a origem de sua civilização é a capital de Shensi, a saber, Siang-fu (Pai Sin). Siang-fu aparece em registros assírios como Sianu. Hoje, Siang-fu pode ser traduzido, ‘Lugar para a Capital Ocidental da China’. Os chineses têm uma tradição que seu primeiro rei, Fu-hi ou Fohi (Noé chinês), fez sua aparição nas Montanhas de Chin, foi rodeado por um arco-íris depois de o mundo ter sido coberto de água, e sacrificou animais a Deus (correspondendo ao registro de Gênesis). Sin foi da terceira geração de Noé, uma circunstância que poderia prover o intervalo de tempo certo para a formação antecipada da cultura Chinesa”.

“Além disso, pessoas que vinham do Extremo Oriente para negociar foram chamadas de Sinæ (Sin) pelos Citas. Ptolemeu, um astrônomo grego, se referiu a China como a terra de Sinim ou Sinæ. Há uma referência a Sinim no Livro de Isaías 49:12, que nota que eles vieram ‘de longe’, especificamente nem do norte e nem do ocidente. Os árabes chamaram a China de Sin, Chin, Mahachin e Machin. O Sinæ foi referido a pessoas em partes remotas da Ásia. Para os Sinæ, a cidade mais importante foi Thinæ, um grande empório comercial na China ocidental. A cidade de Thinæ é agora conhecida como Thsin ou simplesmente Tin (Xi'an), e encontra-se na província de Senshi. Grande parte da China foi dominada pelo Império Sino-Khitan (960-1126), e Pequim tornou-se a capital do sul. O Sinæ tornou-se independente na China ocidental, sua princesa reinou ali por alguns 650 anos antes deles finalmente dominarem toda a terra”.


“No século III a.C., a dinastia de Tsin tornou-se suprema. A palavra Tsin chegou a significar purificado. Esta palavra foi assumida como um título pelos imperadores Manchu e acredita-se que tenha sido mudada para a forma Tchina. Dalí o termo foi trazido a Europa como China, provavelmente da dinastia Ch'in ou Qin (255–206 a.C.). A palavra grega para China é Kina (em latim é Sina). Dessa forma, o chinês e as línguas vizinhas são parte da família Sino-Tibetana. Anos atrás, jornais americanos regularmente empregavam títulos com referência ao conflito entre chineses e japoneses em que o antigo nome reapareceu em sua forma original, a Guerra Sino-Japonesa. Sinologia refere-se ao estudo da história chinesa”.

“Com respeito ao povo de Catai da referência histórica, essa referência poderia ter sentido para supor que os remanescentes dos Hititas. Depois da destruição de seu império, viajaram em direção ao leste e povoaram em conjunto com os Sinitas que eram seus parentes, contribuindo para a sua civilização, e dessa maneira tornando-se os antecessores dos grupos de pessoas asiáticas. Apesar disso, outros migraram na região e além, compondo as raças mongoloides presentes na Ásia e nas Américas, nos dias atuais. A evidência fortemente sugere que os netos de Cam, Hete (Hititas/Catai ) e Sin (Sinitas/China), são os antecessores dos povos mongoloides.


Pouco é descrito sobre Arodi (ou Arvade), o pai dos arvadeus. Há algumas passagens bíblicas no livro de Ezequiel, mas não muito é falado sobre eles. A seguir:

“Arodi ou Arvade, foi um dos filhos de Canaã, filho de Cam e, posteriormente, filho de Noé. Arvade significa ‘quebrar longe’ ou ‘vagabundo agitado’ e seus descendentes são citados na Bíblia como ‘arvadeus’, e povoaram a ilha fenícia de Arad, a alguma distância da costa do Líbano, e próxima a Trípoli”.

“Segundo o historiador grego Estrabão, os arvadeus tinham uma colônia na área do Golfo Pérsico. Provavelmente devem ter implantado também uma colônia no Sudeste Asiático, Irrawaddy (pronunciado como ‘Yaruwaddas’, a forma hitita de Arvad) que, mais tarde originaria os negros da Melanésia, Micronésia e/ou Polinésia, pois não vive um número significativo de negros no Sudeste Asiático hoje”.
Link: https://pt.wikipedia.org/wiki/Arodi_(filho_de_Cana%C3%A3)

Um site de Testemunhas de Jeová, o wol.jw.org, também é sucinto ao descrevê-los:

“Membro da família descendente de Cam e que evidentemente habitou Arvade, uma ilha ao largo da costa setentrional da Síria (Gên 10:6, 15, 18; 1Cr 1:16). A única outra menção deles ocorre na referência de Ezequiel aos arvadeus, como exímios marujos e valentes soldados para Tiro (Ez 27:8, 11)”.

A seguir as menções bíblicas:

8. Os moradores de Sidom e de Arvade foram os teus remadores; os teus sábios, ó Tiro, que se achavam em ti, esses foram os teus pilotos.
Ezequiel 27:8

11. Os filhos de Arvade e o teu exército estavam sobre os teus muros em redor, e os gamaditas nas tuas torres; penduravam os seus escudos nos teus muros em redor; eles aperfeiçoavam a tua formosura.
Ezequiel 27:11


Semelhante aos arvadeus, pouco é falado sobre Zimodi, o pai dos zemareus. Novamente o site Wikipedia é onde encontramos mais informações:

Zimodi, significando "roupas de lã duplas", foi um dos filhos de Canaã, filho de Cam e, posteriormente, filho de Noé. Seus descendentes foram conhecidos como zemareus e viveram na cidade de Simyra, ou Sumra, na região a oeste do Monte Líbano, na costa adjacente aos arvadeus”.

“Na carta de Rib-Addu ao rei do Egito, ele pede ajuda, por sofrer ataque dos filhos de Ebed-Asirta, da cidade de Tsumura (Zemar) e da cidade de Irqata. Em outra carta, um aliado do rei do Egito relata a captura de Tsumura”.

“Em tabletes amarnas, datando aproximadamente de 1400 a.C., Zemar, ou Zumur, foi uma das mais importantes cidades fenícias, mas ela mais tarde quase desaparece da história, provavelmente porque os zemareus foram deslocados pelos arvadeus e, então, migraram para Semurium, um lugar com um templo dedicado ao deus Apolo, localizado próximo a Roma”.

“Os zemareus também tinham uma colônia no Golfo Pérsico e devem ter migrado para a Indonésia e Filipinas, onde encontramos a cidade de Semarang, a ilha de Sumatra, a província e o mar de Samar. Samarinda é uma cidade na ilha de Borneu. Como há poucos negros que vivem nestas áreas, os zemareus provavelmente deslocaram-se para a Melanésia, Micronésia e/ou Polinésia”.

Link: https://pt.wikipedia.org/wiki/Zimodi_(filho_de_Cana%C3%A3)


Desta vez é o site wol.jw.org que é mais informativo. Sobre Hamate, pai dos hamateus, este site diz:

"A cidade de Hamate era a capital de um pequeno reino cananeu na Síria, durante os primórdios históricos de Israel. A rica região agrícola que a cercava também tinha o mesmo nome. Durante as épocas grega e romana, o nome clássico da cidade era Epifania, chamada assim por AntíocoIV (Epifânio). Atualmente, é chamada Hama, forma abreviada do seu nome original".

"A cidade de Hamate ficava junto ao rio Orontes, ao longo de importantes rotas comerciais, a 81 km do Mediterrâneo, a uns 190 km ao norte de Damasco e a uns 120 km ao sul de Alepo".

"Embora às vezes se diga que teve origem hitita, Hamate mais provavelmente foi fundada pelos hamateus, parentes dos hititas e uma das 70 famílias pós-diluvianas. Hete e Hamate, os antepassados destas duas linhagens familiares, foram alistados respectivamente como o 2º e o 11º filho de Canaã, filho de Cam. - Gn 10:6; 15-18; 1 Cr 1:8; 13-16".

"A Entrada de Hamate. O relato mais antigo que temos a respeito de Hamate conta que os 12 espias israelitas, no século 16 a.C., chegaram do sul até a 'entrada de Hamate', uma frase muitas vezes repetida, que se pensa referir-se, não aos portões da própria cidade, mas, antes, à fronteira meridional do território que ela dominava (Nm 13:21). Foi até este limite que a conquista de Josué chegou ao norte (Js 13:2, 5; Jz 3:1-3). No entanto, alguns peritos sugerem que a expressão 'até a entrada de Hamate' (Js 13:5) possivelmente deveria rezar 'até Lebi-Hamate (Leão de Hamate)', referindo-se assim a um lugar específico".

"A localização exata deste limite (ou lugar) é incerta. Era considerado como o limite setentrional do território de Israel (Nm 34:8, 1 Rs 8:65; 2 Rs 14:25; 2 Cr 7:8) e como beirando Damasco (Je 49:23; Ez 47:15-17; 48:1; Za 9:1, 2). Alguns acham tratar-se da extremidade meridional do vale de Coele-Síria (também chamado Beqa), que se estende entre as cordilheiras do Líbano e do Antilíbano. Outros dizem que se encontrava a meio caminho entre Baalbec e Ribla. E mais outros sugerem que se encontrava ainda mais ao norte, no lugar onde um passo se abre entre Homs e o mar. - Ez 47:20".

"Relações com Israel. Toi (Toú), rei de Hamate, enviou seu filho Jorão (Hadorão) para congratular o Rei Davi por ter derrotado seu inimigo comum, Hadadezer. Hamate era então um reino independente (2 Sa 8:3, 9, 10; 1 Cr 18:3, 9, 10). No entanto, durante o reinado de Salomão, o reino de Hamate parece ter estado sob o controle de Israel, porque Salomão construiu cidades-armazéns naquela região (2 Cr 8:3, 4). Após a morte de Salomão, Hamate obteve sua independência e permaneceu independente exceto por um breve período no nono século a.C., quando Jeroboão II a trouxe de novo temporariamente sob o controle israelita (2 Rs 14:28). Por volta deste tempo, foi descrita como a 'populosa Hamate'. - Am 6:2" 

"No oitavo século a.C., Hamate e seus vizinhos, inclusive o reino de dez tribos de Israel, foram tomados pelos assírios no seu avanço pelo domínio mundial. A política da Assíria era trocar e relocar seus cativos, de modo que a gente de Hamate foi trazida para substituir os habitantes de Samaria, os quais, por sua vez, foram mudados para Hamate e para outros lugares (2 Rs 17:24; 19:12, 13; Is 10:9-11; 37:12, 13). Os hamateus erigiram nos altos de Samaria imagens de seu deus Asima, embora este deus inútil se tivesse mostrado impotente contra os assírios. - 2 Rs 17:29, 30; 18:33, 34; Is 36:18, 19".  

"Segundo uma inscrição cuneiforme existente (Museu Britânico 21946), após a batalha de Carquemis, em 625 a.C. (Je 46:2), as forças de Nabucodonosor alcançaram e destruíram os egípcios fugitivos no distrito de Hamate (Crônicas Assírias e Babilônicas, de A.K. Grayson, 1975, p. 99). Nesta mesma região, alguns anos antes, o Faraó Neco tomara cativo o Rei Jeoacaz (2 Rs 23:31-33). Daí, em 607 a.C., com a queda de Jerusalém, Zedequias e outros cativos foram levados a Ribla, na região de Hamate, e ali, perante os olhos de Zedequias, seus filhos, junto com outros da nobreza, foram mortos (2 Rs 25:18-21; Je 39:5, 6; 52:9, 10, 24-27). Todavia, Deus prometera que, no tempo devido, restabeleceria um restante do seu povo cativo, inclusive os na terra de Hamate. - Is 11:11,12". 

Link: https://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/1200001834



 
E assim conclui o estudo histórico e geográfico sobre os onze filhos de Canaã, filho de Cam, neto de Noé.


Continua na Parte 4




domingo, 5 de novembro de 2017

A Terra Prometida - Parte 2 - Os Cananeus




Canaã, o neto amaldiçoado de Noé, teve vários filhos, dos quais suas descendências geraram poderosas nações. Mas quem eram estes filhos e como eles viviam?

Este estudo trata de um compilado dos sites Biblia.com.br, Wikipedia e outros. Devido a riqueza das informações, é recomendável que os leitores pesquisem nos links deixados para melhor aprendizagem e conhecimento bíblico.

Citando novamente o livro de Gênesis, o capítulo 10 diz:

15. E Canaã gerou a Sidom, seu primogênito, e a Hete;
16. E ao jebuseu, ao amorreu, ao girgaseu,
17. E ao heveu, ao arqueu, ao sineu,
18. E ao arvadeu, ao zemareu, e ao hamateu, e depois se espalharam as famílias dos cananeus.
19. E foi o termo dos cananeus desde Sidom, indo para Gerar, até Gaza; indo para Sodoma e Gomorra, Admá e Zeboim, até Lasa.

Gênesis 10:15-19

O site bíblia.com.br nos dá uma breve definição dos jebuseus, ou seja, dos filhos do terceiro filho de Canaã, Jebus.

“Pertencentes a Jebus. São os descendentes de Jebus, filho de Canaã, os quais colonizaram o distrito, em volta de Jerusalém, que então se chamava Jebus (Gn 10:16 – 15:21). Não se sabe se foram eles os primitivos habitantes, ou se substituíram uma raça ainda mais antiga. A primeira referência aos jebuseus foi feita pelos espias, quarenta anos antes da entrada dos israelitas na Terra Santa (Nm 13:29)”.

“Constituíam eles uma forte e vigorosa tribo, sendo disto prova o fato de conservarem o seu poder na forte cidadela de Jebus até ao tempo de Davi (2 Sm 5:6). O seu rei Adoni-Zedeque foi morto na batalha de Bete-Horom (Js 10:1,5 e 26). A própria fortaleza de Jebus foi posta a saque e queimada pelos homens de Judá (Jz 1:21). Todavia, estes contínuos desastres não puderam pô-los fora do seu território, visto como os achamos numa época posterior, habitando ainda as terras de Judá e Benjamim (Js 15:8,63 – Ed 9:1)”.

“A submissão de Araúna, o rei jebuseu, a Davi, apresenta-nos um quadro característico da vida dos cananeus e também dos israelitas (2 Sm 24:23 – 1 Cr 21:15). Nada se sabe a respeito da religião dos jebuseus. Somente dois membros desta tribo são mencionados pelo seu nome, e são Adoni-Zedeque (Senhor de Justiça) e Araúna”.
Link: http://biblia.com.br/dicionario-biblico/j/jebuseus/

O site Wikipedia nos dá uma breve definição do ilustre sacerdote de Jebus, o misterioso Melquisedeque. Porém, não é totalmente correto afirmar que Melquisedeque era jebuseu uma vez que na Bíblia sua cidade é chamada de Salem. 

"De acordo com o Gênesis, o soberano de Jerusalém na época de Abraão era Melquisedeque, também um sacerdote. Posteriormente, Josué aparece descrito como derrotando um rei jebusita chamado Adonisedeque. As primeiras partes de seus nomes significam "rei" (Melekh) e "Senhor" (Adon), respectivamente, e a segunda parte, zedek, pode ser traduzida como "justo" (possibilitando o significado dos nomes de "meu rei é justo" e "meu senhor é justo"); porém grande parte dos estudiosos bíblicos acredita que o termo se refira a uma divindade chamada Zedek, a principal divindade venerada pelos jebuseus (permitindo uma tradução de "meu rei é Zedek" e "meu senhor é Zedek")". 

"Existe alguma incerteza entre os estudiosos, no entanto, se o próprio Melquisedeque fora referido como jebusita, ou apenas como membro de outro grupo que dominou Jerusalém antes dos jebuseus - já que a cidade é mencionada como Salem, e não como Jebus, nas passagens bíblicas que o mencionam (Gn 14:18)".
Link: https://pt.wikipedia.org/wiki/Jebuseus

Entretanto, falar de Melquisedeque deixaria o texto muito longo, merecendo ele um estudo exclusivo neste blog.


Amori, o pai dos amorreus, foi um dos filhos de Canaã e significa “orgulhoso”. O site bíblia.com.br diz:

“Habitantes das montanhas, serranos, os amorreus ocupavam um lugar importante entre os povos que possuíam a terra de Canaã antes de ser conquistada pelos israelitas. Parece que, primeiramente, fizeram parte da grande confederação dos descendentes de Canaã (Gn 10:16). Mas no espaço que decorreu entre a ida de Jacó para o Egito e o Êxodo eles tinham-se separado dos cananeus, estabelecendo-se fortemente em Jerusalém, Hebrom, e outros lugares importantes ao sul da Palestina – também atravessaram o Jordão, e fundaram os reinos, governados por Seom e Ogue (veja Amós 2:9,10)”.

“Seom recusou aos israelitas passagem pelo seu território, e saiu a combatê-los – mas foi o seu exército derrotado inteiramente (Nm 21 – Dt 2). Mais tarde, encontramos os cinco chefes ou reis dos amorreus disputando a Josué o território ao ocidente do rio Jordão (Js 10). O povo amorreu mostrou sempre ser gente audaciosa, revelando caráter de guerreiros montanheses. Nada se sabe da sua história depois da conquista de Canaã pelos israelitas”.
Link: http://biblia.com.br/dicionario-biblico/a/amorreus/

A respeito dos amorreus, o site sacred-texts.com diz:

“Nos primeiros monumentos babilônicos, todos da Síria e também da Palestina, eram regiões conhecidas como "a terra dos amorreus". O entorno das montanhas do sul da Judeia foi conhecido como "monte dos amorreus". Eles parecem ter originalmente ocupado a terra que se estende dos montes do mar Morto até Hebron, incorporando "todo o Gileade e todo o Basã", com o vale do rio Jordão ao leste do rio, a terra "dos dois reis amorreus", Siom e Ogue”.

“Os cinco reis dos amorreus foram derrotados com um grande massacre por Josué. Eles foram novamente derrotados nas águas do Merom por Josué, que foram feridos até não deixar nenhum. Eles são mencionados como uma circunstância inesperada nos dias de Samuel, havendo paz entre amorreus e israelitas. A discrepância suposta que existe entre Deuteronômio 1:44 e Números 14:45 é explicada pela circunstância que os termos "amorreus" e "amalequitas" são usados ambiguamente para significar "cananeus". Da mesma forma explicamos que os "heveus" de Gênesis 34:2 são os amorreus de Gênesis 48:22. Compare Josué 11:19 com Números 14:45 e Deuteronômio 1:44”.

“Os amorreus eram guerreiros montanheses. Eles são representados em monumentos egípcios com pele razoável, cabelo claro, olhos azuis, narizes aquilinos, e barbas pontiagudas. Supostamente eles foram homens de grande estatura; seu rei, Ogue, é descrito por Moisés como o "último remanescente dos gigantes". Ambos, Siom e Ogue, foram reis independentes. Apenas uma palavra da língua amorita sobrevive, ‘Shenir, o nome que eles deram ao Monte Hermon’”.
Link: http://www.sacred-texts.com/bib/ebd/ebd021.htm


Há poucos estudos sobre Gergashi, o pai dos girgaseus. Seu nome, do hebraico, quer dizer “vivendo em solo arenoso”. Mesmo o site bíblia.com.br é sucinto ao descrevê-los.

“Uma das tribos que estavam de posse de Canaã quando este país foi invadido pelos filhos de Israel (Gn 10:16 – 15:21 – Dt 7:1 – Js 3:10 – 24:11 – 1 Cr 1:14 – Ne 9:8). O território dos girgaseus ficava ao ocidente do rio Jordão”.
Link: http://biblia.com.br/dicionario-biblico/g/girgaseus/

Mas, trazendo um pouco mais de informação, a página Wikipedia cita o livro de Harold Hemenway – “The Migration of Nations” – para fonte de estudo.

“Segundo estudos de Harold Hemenway, os girgaseus foram dispersos da Palestina e dessa forma moveram para a África, mais especificamente em Cartago (fundada pelos fenícios), onde encontram-se frequentes nomes pessoais como "Grgshy," "Grgsh," e "Grgshm" nos textos púnicos, que não escreviam as vogais. Outro grupo de girgaseus deve ter se tornado os gargarianos, que migraram para a região do Cáucaso (segundo o historiador, geógrafo e filósofo grego Estrabão) e então nomearam a Geórgia. Outros nomes relatados são os "Gergesenes" (ou gadarenos, Mateus 8:28) e "Kirkishati" em tabletes assírios. Outra possível localização é a oeste da Ásia Menor, onde encontra-se a cidade de Gargara, e o Monte Gárgaro, onde estas pessoas foram conhecidas como "gergitanos".


Os heveus, filhos de Hivi, tem excelentes e esclarecedoras definições. Seu nome do hebraico significa “vilarejo”. O site bíblia.com.br é objetivo ao descrevê-los.

“Os heveus (descendentes dos cananeus, Gn 10:17) acham-se especialmente associados com os amorreus. Eles representam uma população mista de amorreus e cananeus, a qual vivia na vizinhança da grande fortaleza dos amorreus. Segundo se lê em Josué (11:3), o povo heveu existia ao pé de Hermom: ‘habitavam nas montanhas do Líbano, desde o monte de Baal-Hermom, até à entrada de Hamate’ (Jz 3:3)”.

“Há mais referências a este povo, como vivendo mais ao sul, em Gibeom (Js 9:7), e em Siquém (Gn 34:2), tendo também o nome de amorreus em outras passagens (2 Sm 21:2 – Gn 48:22). Podem, portanto, ser considerados predominantemente amorreus de raça, e descendentes de Canaã (Gn 10:17)”.

“Eles habitavam Siquém quando Jacó voltava a Canaã, sendo governados pelo seu príncipe Hamor (Gn 34:2) – foram vítimas dos cruéis e vingativos filhos de Jacó. Os gibeonitas eram também heveus (Js 11:19). Eles tomaram dos cananeus o costume de fazerem as suas reuniões às portas das cidades. Eram um povo pacífico quanto à sua disposição e maneiras”.
Link: http://biblia.com.br/dicionario-biblico/h/heveus/

Mas é na página da Wikipedia onde se encontram as melhores definições:

“Gênesis 15:18-21 não lista os heveus como sendo a terra que foi prometida aos descendentes de Abraão. No entanto, cerca de 100 anos mais tarde, Gênesis 36:2 menciona que uma das esposas de Esaú foi "Oolibama, filha de Aná, que é filha de Zibeão, o heveu"; que também é descrita como "das filhas de Canaã". A referência a "as filhas de Canaã" é considerada para se relacionar com a sua descendência da antepassada Canaã e para ser uma referência a uma distinção cultural ou afiliação tribal, mais do que uma referência à área geográfica de Canaã. Ao tempo em que Jacó retorna com sua família para Canaã, Gênesis 34 descreve os heveus como os governantes da região de Siquém”.

“A partir do livro de Josué, sabemos que os heveus foram um dos sete grupos nacionais que vivem na terra de Canaã quando os Israelitas, em Josué, iniciaram a sua conquista da terra (Josué 9:1). No entanto, parece que os heveus continuaram a ser um grupo cultural separado dentro da terra de Israel, pelo menos até o momento de Salomão, e não está claro se, quando ou como eles deixaram de ser um grupo separado antes dos reinos israelitas chegarem ao fim. Nenhum nome que se assemelha aos heveus foi encontrado em inscrições egípcias ou babilônicas”.

“Várias características principais podem inferir sobre a especificidade cultural do povo Heveu. Em primeiro lugar, em Gênesis 34:2 é citado que Siquém, filho de Hamor, era um heveu. Em Gênesis 34:14, vemos que os heveus não praticavam a circuncisão masculina, um dos poucos povos que vivem na terra de Canaã que não faziam isso. A circuncisão, como prática era bastante comum entre os povos existentes na terra de Canaã. Egípcios, edomitas, amonitas, moabitas, e várias outras tribos cananeias praticavam a circuncisão masculina, juntamente com os hebreus. Os heveus pareciam ser uma exceção à regra da circuncisão, uma distinção entre as tribos de Canaã durante este período de tempo”.

“Os heveus continuaram a existir como um grupo de pessoas distintas, pelo menos, até o tempo de Davi, quando foram contados em um censo regional tomado neste momento (2 Samuel 24:1-7). Durante o reinado de Salomão, eles são descritos como parte do trabalho escravo para seus muitos projetos de construção. (1 Reis 9:20-21, 2 Crônicas 8:7-8).
Em Josué 9, Josué tinha ordenado aos heveus de Gibeão a serem coletores de madeira e carregadores de água para o templo de YHWH”.

“Deuteronômio 7:3 proibiu os israelitas de se casarem com heveus, porque eles seguiram a outros deuses, mas não está claro como estritamente a proibição foi observada. Parece que o caráter distintivo heveu cultural cessou antes da conquista assíria do reino do norte de Israel, no oitavo século a.C., e da conquista babilônica do reino do sul de Judá, no século 6, a.C., cada uma com consequenciais deportações da população”.
Link: https://pt.wikipedia.org/wiki/Hivi_(filho_de_Cana%C3%A3)


Arqui era pai do povo arqueu. Seu nome significa “meu anúncio”, ou em algumas interpretações, “roendo”. Quanto a este povo, o site bíblia.com.br diz:

“Uma das famílias cananeias que habitaram em Arca, cidade situada ao norte da Fenícia (Gn 10:17 – 1 Cr 1:15). Arca tornou-se famosa pelo culto que os seus habitantes prestavam a Afrodite. Foi fortificada pelos árabes e atacada pelos Cruzados, que, sob o comando de Raimundo de Tolosa, em vão a cercaram em 1099 durante o espaço de dois meses. Todavia, mais tarde, foi tomada por Guilherme de Sartanges”.

“Em 1202 foi totalmente destruída por um terremoto. O lugar que agora tem o nome de Arca está à distância de 19 quilômetros mais ou menos, ao norte de Trípoli, e de 8 quilômetros ao sul de Nahr-el-Kebir (Eleutero). A grande estrada da costa passava entre essa povoação e o mar”.
Link: http://biblia.com.br/dicionario-biblico/a/arqueus/


Na próxima postagem continuarei a descrição dos povos cananeus restantes.


Continua na Parte 3




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