segunda-feira, 13 de novembro de 2017

A Terra Prometida - Parte 3 - Os Cananeus (Continuação)



 

Canaã, o neto amaldiçoado de Noé, teve vários filhos, dos quais suas descendências geraram poderosas nações. Mas quem eram estes filhos e como eles viviam?

Este estudo trata de um compilado dos sites Biblia.com.br, Wikipedia e outros. Devido a riqueza das informações, é recomendável que os leitores pesquisem nos links deixados para melhor aprendizagem e conhecimento bíblico.

Citando novamente o livro de Gênesis, o capítulo 10 diz:

15. E Canaã gerou a Sidom, seu primogênito, e a Hete;
16. E ao jebuseu, ao amorreu, ao girgaseu,
17. E ao heveu, ao arqueu, ao sineu,
18. E ao arvadeu, ao zemareu, e ao hamateu, e depois se espalharam as famílias dos cananeus.
19. E foi o termo dos cananeus desde Sidom, indo para Gerar, até Gaza; indo para Sodoma e Gomorra, Admá e Zeboim, até Lasa.

Gênesis 10:15-19

O site Wikipedia descreve a espetacular história de Sin, o pai do povo sineu. Para aqueles que duvidam da veracidade deste site, deixarei os links utilizados por este no final da descrição.

Sin, também chamado de Seni ou Sinim, significa ‘pico’, ‘barro’ ou ‘lama’. Ele foi um dos filhos de Canaã, filho de Cam, posteriormente, filho de Noé. Sin é retratado de forma indireta na Bíblia, através de seus descendentes, conhecidos como ‘sineus’ na versão lusófona e ‘sinites’ (sinitas) na versão anglófona, formas totalmente distintas, o que pode gerar possíveis equívocos. Acredita-se que os sineus fossem originários de Zim, uma cidade da costa ao norte da Fenícia”.

“Dois filhos de Canaã, Hete (hititas ou heteus) e Sin (sinitas ou sineus), são presumidos serem os progenitores da família Chinesa e Mongoloide. Os Hititas foram conhecidos como os Hattiou Chatti nos monumentos egípcios, as pessoas hititas foram esculpidas como narizes bem à vista, lábios cheios, bochechas grandes, faces sem pelos, variando a cor da pele do marrom para o amarelado e avermelhado, cabelo preto liso e olhos marrom-escuros”.

“O termo Hitita em Cuneiforme (a primeira forma de escrita, inventada pelos Sumérios) aparece como Khittae representando desde então uma poderosa nação do Extremo Oriente conhecida como os Khitai, e tem sido preservada ao longo dos séculos no termo mais familiar, Catai. Os Catai foram os mongoloides, considerados uma parte da primeira família chinesa. Há ligações entre os conhecidos Hititas e Catai, por exemplo, seus modos de se vestirem, seus sapatos com os dedos do pé à mostra, sua maneira de arrumar o cabelo em uma trança, e etc. Representações os mostram tendo possuído bochechas grandes, e craniologistas têm observado que eles tinham características comuns aos mongoloides”.

“Sin, um irmão de Hete, tem muitas ocorrências em formas variantes no Extremo Oriente. Há um destaque significante concernente ao provável modo de origem da civilização chinesa. O lugar mais associado pelos próprios chineses para a origem de sua civilização é a capital de Shensi, a saber, Siang-fu (Pai Sin). Siang-fu aparece em registros assírios como Sianu. Hoje, Siang-fu pode ser traduzido, ‘Lugar para a Capital Ocidental da China’. Os chineses têm uma tradição que seu primeiro rei, Fu-hi ou Fohi (Noé chinês), fez sua aparição nas Montanhas de Chin, foi rodeado por um arco-íris depois de o mundo ter sido coberto de água, e sacrificou animais a Deus (correspondendo ao registro de Gênesis). Sin foi da terceira geração de Noé, uma circunstância que poderia prover o intervalo de tempo certo para a formação antecipada da cultura Chinesa”.

“Além disso, pessoas que vinham do Extremo Oriente para negociar foram chamadas de Sinæ (Sin) pelos Citas. Ptolemeu, um astrônomo grego, se referiu a China como a terra de Sinim ou Sinæ. Há uma referência a Sinim no Livro de Isaías 49:12, que nota que eles vieram ‘de longe’, especificamente nem do norte e nem do ocidente. Os árabes chamaram a China de Sin, Chin, Mahachin e Machin. O Sinæ foi referido a pessoas em partes remotas da Ásia. Para os Sinæ, a cidade mais importante foi Thinæ, um grande empório comercial na China ocidental. A cidade de Thinæ é agora conhecida como Thsin ou simplesmente Tin (Xi'an), e encontra-se na província de Senshi. Grande parte da China foi dominada pelo Império Sino-Khitan (960-1126), e Pequim tornou-se a capital do sul. O Sinæ tornou-se independente na China ocidental, sua princesa reinou ali por alguns 650 anos antes deles finalmente dominarem toda a terra”.


“No século III a.C., a dinastia de Tsin tornou-se suprema. A palavra Tsin chegou a significar purificado. Esta palavra foi assumida como um título pelos imperadores Manchu e acredita-se que tenha sido mudada para a forma Tchina. Dalí o termo foi trazido a Europa como China, provavelmente da dinastia Ch'in ou Qin (255–206 a.C.). A palavra grega para China é Kina (em latim é Sina). Dessa forma, o chinês e as línguas vizinhas são parte da família Sino-Tibetana. Anos atrás, jornais americanos regularmente empregavam títulos com referência ao conflito entre chineses e japoneses em que o antigo nome reapareceu em sua forma original, a Guerra Sino-Japonesa. Sinologia refere-se ao estudo da história chinesa”.

“Com respeito ao povo de Catai da referência histórica, essa referência poderia ter sentido para supor que os remanescentes dos Hititas. Depois da destruição de seu império, viajaram em direção ao leste e povoaram em conjunto com os Sinitas que eram seus parentes, contribuindo para a sua civilização, e dessa maneira tornando-se os antecessores dos grupos de pessoas asiáticas. Apesar disso, outros migraram na região e além, compondo as raças mongoloides presentes na Ásia e nas Américas, nos dias atuais. A evidência fortemente sugere que os netos de Cam, Hete (Hititas/Catai ) e Sin (Sinitas/China), são os antecessores dos povos mongoloides.


Pouco é descrito sobre Arodi (ou Arvade), o pai dos arvadeus. Há algumas passagens bíblicas no livro de Ezequiel, mas não muito é falado sobre eles. A seguir:

“Arodi ou Arvade, foi um dos filhos de Canaã, filho de Cam e, posteriormente, filho de Noé. Arvade significa ‘quebrar longe’ ou ‘vagabundo agitado’ e seus descendentes são citados na Bíblia como ‘arvadeus’, e povoaram a ilha fenícia de Arad, a alguma distância da costa do Líbano, e próxima a Trípoli”.

“Segundo o historiador grego Estrabão, os arvadeus tinham uma colônia na área do Golfo Pérsico. Provavelmente devem ter implantado também uma colônia no Sudeste Asiático, Irrawaddy (pronunciado como ‘Yaruwaddas’, a forma hitita de Arvad) que, mais tarde originaria os negros da Melanésia, Micronésia e/ou Polinésia, pois não vive um número significativo de negros no Sudeste Asiático hoje”.
Link: https://pt.wikipedia.org/wiki/Arodi_(filho_de_Cana%C3%A3)

Um site de Testemunhas de Jeová, o wol.jw.org, também é sucinto ao descrevê-los:

“Membro da família descendente de Cam e que evidentemente habitou Arvade, uma ilha ao largo da costa setentrional da Síria (Gên 10:6, 15, 18; 1Cr 1:16). A única outra menção deles ocorre na referência de Ezequiel aos arvadeus, como exímios marujos e valentes soldados para Tiro (Ez 27:8, 11)”.

A seguir as menções bíblicas:

8. Os moradores de Sidom e de Arvade foram os teus remadores; os teus sábios, ó Tiro, que se achavam em ti, esses foram os teus pilotos.
Ezequiel 27:8

11. Os filhos de Arvade e o teu exército estavam sobre os teus muros em redor, e os gamaditas nas tuas torres; penduravam os seus escudos nos teus muros em redor; eles aperfeiçoavam a tua formosura.
Ezequiel 27:11


Semelhante aos arvadeus, pouco é falado sobre Zimodi, o pai dos zemareus. Novamente o site Wikipedia é onde encontramos mais informações:

Zimodi, significando "roupas de lã duplas", foi um dos filhos de Canaã, filho de Cam e, posteriormente, filho de Noé. Seus descendentes foram conhecidos como zemareus e viveram na cidade de Simyra, ou Sumra, na região a oeste do Monte Líbano, na costa adjacente aos arvadeus”.

“Na carta de Rib-Addu ao rei do Egito, ele pede ajuda, por sofrer ataque dos filhos de Ebed-Asirta, da cidade de Tsumura (Zemar) e da cidade de Irqata. Em outra carta, um aliado do rei do Egito relata a captura de Tsumura”.

“Em tabletes amarnas, datando aproximadamente de 1400 a.C., Zemar, ou Zumur, foi uma das mais importantes cidades fenícias, mas ela mais tarde quase desaparece da história, provavelmente porque os zemareus foram deslocados pelos arvadeus e, então, migraram para Semurium, um lugar com um templo dedicado ao deus Apolo, localizado próximo a Roma”.

“Os zemareus também tinham uma colônia no Golfo Pérsico e devem ter migrado para a Indonésia e Filipinas, onde encontramos a cidade de Semarang, a ilha de Sumatra, a província e o mar de Samar. Samarinda é uma cidade na ilha de Borneu. Como há poucos negros que vivem nestas áreas, os zemareus provavelmente deslocaram-se para a Melanésia, Micronésia e/ou Polinésia”.

Link: https://pt.wikipedia.org/wiki/Zimodi_(filho_de_Cana%C3%A3)


Desta vez é o site wol.jw.org que é mais informativo. Sobre Hamate, pai dos hamateus, este site diz:

"A cidade de Hamate era a capital de um pequeno reino cananeu na Síria, durante os primórdios históricos de Israel. A rica região agrícola que a cercava também tinha o mesmo nome. Durante as épocas grega e romana, o nome clássico da cidade era Epifania, chamada assim por AntíocoIV (Epifânio). Atualmente, é chamada Hama, forma abreviada do seu nome original".

"A cidade de Hamate ficava junto ao rio Orontes, ao longo de importantes rotas comerciais, a 81 km do Mediterrâneo, a uns 190 km ao norte de Damasco e a uns 120 km ao sul de Alepo".

"Embora às vezes se diga que teve origem hitita, Hamate mais provavelmente foi fundada pelos hamateus, parentes dos hititas e uma das 70 famílias pós-diluvianas. Hete e Hamate, os antepassados destas duas linhagens familiares, foram alistados respectivamente como o 2º e o 11º filho de Canaã, filho de Cam. - Gn 10:6; 15-18; 1 Cr 1:8; 13-16".

"A Entrada de Hamate. O relato mais antigo que temos a respeito de Hamate conta que os 12 espias israelitas, no século 16 a.C., chegaram do sul até a 'entrada de Hamate', uma frase muitas vezes repetida, que se pensa referir-se, não aos portões da própria cidade, mas, antes, à fronteira meridional do território que ela dominava (Nm 13:21). Foi até este limite que a conquista de Josué chegou ao norte (Js 13:2, 5; Jz 3:1-3). No entanto, alguns peritos sugerem que a expressão 'até a entrada de Hamate' (Js 13:5) possivelmente deveria rezar 'até Lebi-Hamate (Leão de Hamate)', referindo-se assim a um lugar específico".

"A localização exata deste limite (ou lugar) é incerta. Era considerado como o limite setentrional do território de Israel (Nm 34:8, 1 Rs 8:65; 2 Rs 14:25; 2 Cr 7:8) e como beirando Damasco (Je 49:23; Ez 47:15-17; 48:1; Za 9:1, 2). Alguns acham tratar-se da extremidade meridional do vale de Coele-Síria (também chamado Beqa), que se estende entre as cordilheiras do Líbano e do Antilíbano. Outros dizem que se encontrava a meio caminho entre Baalbec e Ribla. E mais outros sugerem que se encontrava ainda mais ao norte, no lugar onde um passo se abre entre Homs e o mar. - Ez 47:20".

"Relações com Israel. Toi (Toú), rei de Hamate, enviou seu filho Jorão (Hadorão) para congratular o Rei Davi por ter derrotado seu inimigo comum, Hadadezer. Hamate era então um reino independente (2 Sa 8:3, 9, 10; 1 Cr 18:3, 9, 10). No entanto, durante o reinado de Salomão, o reino de Hamate parece ter estado sob o controle de Israel, porque Salomão construiu cidades-armazéns naquela região (2 Cr 8:3, 4). Após a morte de Salomão, Hamate obteve sua independência e permaneceu independente exceto por um breve período no nono século a.C., quando Jeroboão II a trouxe de novo temporariamente sob o controle israelita (2 Rs 14:28). Por volta deste tempo, foi descrita como a 'populosa Hamate'. - Am 6:2" 

"No oitavo século a.C., Hamate e seus vizinhos, inclusive o reino de dez tribos de Israel, foram tomados pelos assírios no seu avanço pelo domínio mundial. A política da Assíria era trocar e relocar seus cativos, de modo que a gente de Hamate foi trazida para substituir os habitantes de Samaria, os quais, por sua vez, foram mudados para Hamate e para outros lugares (2 Rs 17:24; 19:12, 13; Is 10:9-11; 37:12, 13). Os hamateus erigiram nos altos de Samaria imagens de seu deus Asima, embora este deus inútil se tivesse mostrado impotente contra os assírios. - 2 Rs 17:29, 30; 18:33, 34; Is 36:18, 19".  

"Segundo uma inscrição cuneiforme existente (Museu Britânico 21946), após a batalha de Carquemis, em 625 a.C. (Je 46:2), as forças de Nabucodonosor alcançaram e destruíram os egípcios fugitivos no distrito de Hamate (Crônicas Assírias e Babilônicas, de A.K. Grayson, 1975, p. 99). Nesta mesma região, alguns anos antes, o Faraó Neco tomara cativo o Rei Jeoacaz (2 Rs 23:31-33). Daí, em 607 a.C., com a queda de Jerusalém, Zedequias e outros cativos foram levados a Ribla, na região de Hamate, e ali, perante os olhos de Zedequias, seus filhos, junto com outros da nobreza, foram mortos (2 Rs 25:18-21; Je 39:5, 6; 52:9, 10, 24-27). Todavia, Deus prometera que, no tempo devido, restabeleceria um restante do seu povo cativo, inclusive os na terra de Hamate. - Is 11:11,12". 

Link: https://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/1200001834



 
E assim conclui o estudo histórico e geográfico sobre os onze filhos de Canaã, filho de Cam, neto de Noé.


Continua na Parte 4




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