[Os argumentos aqui são passivos de alteração e/ou complementação]
A ciência tem avançado muito nas últimas décadas, e com esse avanço tem
posto em dúvida muito do que foi escrito a respeito da criação do mundo.
Tratado como ultrapassado e obsoleto, o Criacionismo foi desacreditado e
lentamente substituído pela ciência. Hoje não mais é ensinado nas escolas,
sofre preconceito e poupo a pouco é lançando no esquecimento.
Os séculos 19 e 20 trouxeram grandes reviravoltas no mundo. Charles
Darwin (1809-1882) revolucionou a ciência com seu livro A Origem das Espécies (1859), colocando em dúvida muito do que estava
escrito nas Sagradas Escrituras. Carl Sagan (1934-1996) trouxe novas ideias para
a astronomia, sinalizando haver bilhões de estrelas e planetas e a
possibilidade de vida extraterrestre. Sem falar no Niilismo filosófico de
Friederich Nietzsche (1844-1900) e no Materialismo socialista de Karl Marx
(1818-1883).
O Evolucionismo e o Ceticismo eclodiram como novas teorias capazes de
derrubar a Deus e confundir até mesmo os cristãos. Contudo, mesmo essas teorias
tão poderosas não conseguiram derrubar de vez seu arqui-inimigo religioso.
E devido a esta perene luta entre debates, comprovações e teorias, a
pergunta bravamente persiste:
O cristão deve ser criacionista?
Para ajudar os cristãos, aqui estão alguns
argumentos científicos para ajuda-los na compreensão de sua própria fé.
No primeiro capítulo do livro de Gênesis diz:
1. No princípio
criou Deus o céu e a terra.
Neste trecho vemos que Deus criou o céu e a terra. No hebraico, a palavra
Céu tem uma série de variações. No Antigo Testamento temos a
palavra hebraica שָׁמַיִם Céu, céus (Gênesis 1:8). Essa palavra hebraica שמים
(shamayim) - dual de um singular não utilizado שׂמה (shameh) procedente de uma
raiz não utilizada - significa algo ser alto; “céu”, “céus”, “firmamento”, “céus
visíveis”, “como a morada das estrelas”, “como o universo visível”, “o
firmamento”, “a atmosfera”, etc.
(Fonte: bibliotecabiblica.blogspot.com.br/2013/03/ceu-significado-em-grego-e-hebraico.html)
Portanto, se Céu em hebraico é uma palavra no plural,
estima-se que ela não refira-se apenas à nossa atmosfera, mas sim ao universo
inteiro. No site brasilescola.uol.com.br diz:
“A teoria do Big Bang foi anunciada em 1948 pelo
cientista russo naturalizado estadunidense, George Gamow (1904-1968) e o padre
e astrônomo belga Georges Lemaître (1894-1966). Segundo eles, o universo teria
surgido após uma grande explosão cósmica, entre 10 e 20 bilhões de anos atrás. O termo explosão refere-se a uma
grande liberação de energia, criando o espaço-tempo”.
(Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/geografia/big-bang.htm)
A Terra, porém, foi criada depois, conforme citado no
mesmo site:
“A Terra faz parte do sistema solar, esse é um grande
conjunto formado por dezenas de astros que giram ao redor de uma estrela, o
sol. Fazem parte do sistema solar: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter,
Saturno, Urano, Netuno e Plutão (agora, Sedna encontra-se no lugar de Plutão,
pois esse fora rebaixado para a categoria de planeta anão). A Terra é datada de
4,6 a 5,0 bilhões de anos, datas que
são mais aceitas por parte dos cientistas”.
(Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/geografia/a-terra-universo.htm)
Sendo assim, é confiável dizer que no princípio Deus
criou o Universo e depois a Terra,
conforme a teoria aceita pela maioria dos cientistas e a própria Bíblia.
2. E a terra era
sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus
se movia sobre a face das águas.
3. E disse Deus: Haja luz; e houve luz.
3. E disse Deus: Haja luz; e houve luz.
Segundo a teoria científica, o Sol foi criado em
simultâneo ou mesmo depois da Terra,
havendo (em cronologia universal) pouca diferença entre ambos. Um estudo da UFRGS
(Universidade Federal do Rio Grande do Sul) diz:
“(...)Já no século XIX os astrônomos sabiam que essa
energia não poderia ser gerada por combustão, pois a energia dessa forma
poderia manter o Sol brilhando por apenas 10 mil anos. Tampouco o
colapso gravitacional, fonte de energia proposta pelo físico alemão Hermann
Ludwig Ferdinand von Helmholtz (1821-1894) em 1854, resultou eficiente, pois a energia gravitacional poderia suprir a luminosidade do Sol por 20
milhões de anos, e evidências geológicas indicam que a Terra (e, portanto, o
Sol) tem uma idade de 4,5 bilhões de
anos”.
(Fonte: http://astro.if.ufrgs.br/esol/esol.htm)
“O Sol surgiu há cerca de 4,6 bilhões de anos, sendo uma das mais de 100 bilhões de estrelas
existentes na Via Láctea. Segundo o Space.com, muitos cientistas acreditam que
o Sol e o resto do sistema solar se formaram a partir de uma nuvem rotativa de
gás e poeira gigante conhecida como a nebulosa solar”.
(Fonte: https://www.megacurioso.com.br/sol/68375-confira-alguns-fatos-e-curiosidades-sobre-o-sol-o-nosso-astro-rei.htm)
Isto quer dizer que, se o Sol não tiver a mesma idade, é
pelo menos 100 milhões de anos mais
jovem que a Terra, como dá a entender o versículo 3 do capítulo 1 de Gênesis.
4. E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas.
5. E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro.
Com a Terra e o Sol formados, se concluiu o primeiro
dia. É importante citar que o primeiro dia durou de 9 a 15 bilhões de anos.
6. E disse Deus: Haja uma expansão no meio das águas, e haja separação entre águas e águas.
7. E fez Deus a expansão, e fez separação entre as águas que estavam debaixo da expansão e as águas que estavam sobre a expansão; e assim foi.
8. E chamou Deus à expansão Céus, e foi a tarde e a manhã, o dia segundo.
Somente neste trecho se encontra a formação do nosso céu
atmosférico, ilustrado na figura abaixo:
10.E chamou Deus à porção seca Terra; e ao ajuntamento das águas chamou Mares;
e viu Deus que era bom.
Há uma teoria de que, na escala de tempo geológico, o
Hadeano é o éon (a maior subdivisão de tempo na escala de tempo geológico) mais
antigo, datando do início da criação da Terra. O paleontólogo Preston Cloud
criou o termo em 1972, e o geólogo Walter Brian Harland criou outro termo
tratando-se do mesmo período, chamado “Priscoan Period”.
Este período tratava-se do estado primordial da jovem
Terra, com rochas derretidas e constante calor. Deste período, foi encontrado
no noroeste do Canadá a rocha mais antiga já conhecida, conforme consta a
seguir:
"Essas rochas do norte de Québec ou têm 4,2 bilhões ou 4,28 bilhões de anos, ou
são derivadas de um manto que é realmente antigo, por assim dizer, o ‘manto
perdido’ que nós achamos que deveria estar lá, e que nós agora encontramos,
caso sejam mais jovens que 4,2 bilhões de anos, diz o pesquisador Jonathan
O'Neil, da Universidade McGill, de Montréal, Canadá”.
"Se a idade aparente de 4,28 bilhões de anos é
geologicamente significativa, o material formador dessa rocha passa a ser o
mais antigo conhecido. Até o presente a rocha mais antiga datada é o gnaisse
acasta, também do Canadá, com 4,03
bilhões de anos. Só que o gnaisse acasta foi datado com método mais
robusto", afirma o pesquisador brasileiro Umberto Cordani, da Universidade
de São Paulo, e também especialista em rochas antigas”.
(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe2609200803.htm)
Sendo assim, é possível supor que os continentes são
mais jovens que os céus e os mares em aproximadamente 400 milhões de anos. Isto evidencia que a Terra Seca surgiu após a criação dos mares e do
firmamento, seguindo a sequência de Gênesis.
11. E disse Deus: Produza a terra erva verde, erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto segundo a sua espécie, cuja semente está nela sobre a terra; e assim foi.
12. E a terra produziu erva, erva dando semente conforme a sua espécie, e a árvore frutífera, cuja semente está nela conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom.
13. E foi a tarde e a manhã, o dia terceiro.
O terceiro dia seguiu-se conforme a escala de tempo
geológico. As primeiras formas de vida teriam surgido no éon Proterozoico (do
grego proteros = anterior e zoikos = de animais). Abaixo uma ilustração dos tempos
geológicos:
14. E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais e para tempos determinados e para dias e anos.
15. E sejam para luminares na expansão dos céus, para iluminar a terra; e assim foi.
16. E fez Deus os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; e fez as estrelas.
17. E Deus os pôs na expansão dos céus para iluminar a terra,
18. E para governar o dia e a noite, e para fazer separação entre a luz e as trevas; e viu Deus que era bom.
19. E foi a tarde e a manhã, o dia quarto.
No versículo 14, Deus diz claramente que criaria
luminares para a contagem de dias e anos não por Ele, mas pelo Homem. Isto
evidencia que os “seis dias” descritos na Bíblia não tem a mesma escala e
proporção dos dias da humanidade, mas que são proporcionais ao poder de Deus.
O versículo 16 fala da criação da Lua. A teoria mais
aceita é “Hipótese do Grande Impacto” entre a Terra e Theia (um astro do
tamanho do planeta Marte), resultando na aglutinação residual de ambos os
corpos celestes. Aí não é possível estabelecer uma sequência lógica nos
versículos, uma vez que se houvesse tamanho impacto durante o período
Proterozoico, todo o planeta seria destruído.
A seguir uma matéria sobre sua criação da Lua (recomendo
acessar o link):
“Conhecida como a ‘Hipótese do Grande Impacto’, ela está baseada na ideia
de que um planeta rochoso conhecido como Theia — e de tamanho semelhante ao de Marte
— teria esbarrado com a Terra há cerca de 4,5 bilhões de anos.
A colisão entre os dois corpos celestes teria resultado na destruição de
Theia — que acabou se fundindo com a Terra —, e os detritos que ficaram em
órbita ao redor do nosso planeta acabaram se condensando e dando origem à Lua”.
(Fonte: https://www.megacurioso.com.br/lua/85202-voce-sabe-como-a-lua-se-formou-confira-algumas-teorias-interessantes.htm)
Mesmo não seguindo os versículos na sequência, a idade
da Lua demonstra que ela surgiu pouco tempo depois da formação da Terra. Nesse
caso, a Lua seria mais jovem que a Terra, tendo uma diferença entre 100 a 150 milhões de anos.
20. E disse Deus:
Produzam as águas abundantemente répteis de alma vivente; e voem as aves sobre
a face da expansão dos céus.
21. E Deus criou as grandes baleias, e todo o réptil de alma vivente que as águas abundantemente produziram conforme as suas espécies; e toda a ave de asas conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom.
22. E Deus os abençoou, dizendo: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei as águas nos mares; e as aves se multipliquem na terra.
23. E foi a tarde e a manhã, o dia quinto.
21. E Deus criou as grandes baleias, e todo o réptil de alma vivente que as águas abundantemente produziram conforme as suas espécies; e toda a ave de asas conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom.
22. E Deus os abençoou, dizendo: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei as águas nos mares; e as aves se multipliquem na terra.
23. E foi a tarde e a manhã, o dia quinto.
Provavelmente no quinto dia já se tratava do período
Steniano, iniciado 1,2 milhões de
anos atrás (era Meso-Proterozoico, do éon Proterozoico).
Talvez apenas aí, no quinto dia, é que se possa aplicar a teoria da
Evolução sugerido por Darwin. Encontrei 13 argumentos que contrariam esta
teoria. Seus tópicos são:
- Informação
- Origem da vida
- O design das formas de vida
- Complexidade irredutível
- Segunda lei da termodinâmica
- A existência do universo
- A estrutura da Terra é perfeita para a vida
- O ajustamento da física
- O aparecimento abrupto no registro fóssil
- A consciência humana
- A linguagem humana
- O testemunho da bíblia
Como refutar o Evolucionismo deixaria o texto muito
extenso, segue os links para apreciação:
- https://darwinismo.wordpress.com/2012/06/01/quatro-factos-cientificos-que-refutam-a-teoria-da-evolucao/
- https://darwinismo.wordpress.com/2014/07/07/13-evidencias-contra-a-teoria-da-evolucao/
Continua na parte 2.
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