quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Criacionismo - O Encontro entre a Ciência e a Fé




[Os argumentos aqui são passivos de alteração e/ou complementação]

A ciência tem avançado muito nas últimas décadas, e com esse avanço tem posto em dúvida muito do que foi escrito a respeito da criação do mundo. Tratado como ultrapassado e obsoleto, o Criacionismo foi desacreditado e lentamente substituído pela ciência. Hoje não mais é ensinado nas escolas, sofre preconceito e poupo a pouco é lançando no esquecimento.

Os séculos 19 e 20 trouxeram grandes reviravoltas no mundo. Charles Darwin (1809-1882) revolucionou a ciência com seu livro A Origem das Espécies (1859), colocando em dúvida muito do que estava escrito nas Sagradas Escrituras. Carl Sagan (1934-1996) trouxe novas ideias para a astronomia, sinalizando haver bilhões de estrelas e planetas e a possibilidade de vida extraterrestre. Sem falar no Niilismo filosófico de Friederich Nietzsche (1844-1900) e no Materialismo socialista de Karl Marx (1818-1883).

O Evolucionismo e o Ceticismo eclodiram como novas teorias capazes de derrubar a Deus e confundir até mesmo os cristãos. Contudo, mesmo essas teorias tão poderosas não conseguiram derrubar de vez seu arqui-inimigo religioso.

E devido a esta perene luta entre debates, comprovações e teorias, a pergunta bravamente persiste:

O cristão deve ser criacionista?

Para ajudar os cristãos, aqui estão alguns argumentos científicos para ajuda-los na compreensão de sua própria fé.

No primeiro capítulo do livro de Gênesis diz:

1. No princípio criou Deus o céu e a terra.

Neste trecho vemos que Deus criou o céu e a terra. No hebraico, a palavra Céu tem uma série de variações. No Antigo Testamento temos a palavra hebraica שָׁמַיִם Céu, céus (Gênesis 1:8). Essa palavra hebraica שמים (shamayim) - dual de um singular não utilizado שׂמה (shameh) procedente de uma raiz não utilizada - significa algo ser alto; “céu”, “céus”, “firmamento”, “céus visíveis”, “como a morada das estrelas”, “como o universo visível”, “o firmamento”, “a atmosfera”, etc.
(Fonte: bibliotecabiblica.blogspot.com.br/2013/03/ceu-significado-em-grego-e-hebraico.html) 

Portanto, se Céu em hebraico é uma palavra no plural, estima-se que ela não refira-se apenas à nossa atmosfera, mas sim ao universo inteiro. No site brasilescola.uol.com.br diz:

“A teoria do Big Bang foi anunciada em 1948 pelo cientista russo naturalizado estadunidense, George Gamow (1904-1968) e o padre e astrônomo belga Georges Lemaître (1894-1966). Segundo eles, o universo teria surgido após uma grande explosão cósmica, entre 10 e 20 bilhões de anos atrás. O termo explosão refere-se a uma grande liberação de energia, criando o espaço-tempo”.
(Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/geografia/big-bang.htm)

A Terra, porém, foi criada depois, conforme citado no mesmo site:

“A Terra faz parte do sistema solar, esse é um grande conjunto formado por dezenas de astros que giram ao redor de uma estrela, o sol. Fazem parte do sistema solar: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão (agora, Sedna encontra-se no lugar de Plutão, pois esse fora rebaixado para a categoria de planeta anão). A Terra é datada de 4,6 a 5,0 bilhões de anos, datas que são mais aceitas por parte dos cientistas”.
(Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/geografia/a-terra-universo.htm)

Sendo assim, é confiável dizer que no princípio Deus criou o Universo e depois a Terra, conforme a teoria aceita pela maioria dos cientistas e a própria Bíblia.


2. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.
3. E disse Deus: Haja luz; e houve luz.

Segundo a teoria científica, o Sol foi criado em simultâneo ou mesmo depois da Terra, havendo (em cronologia universal) pouca diferença entre ambos. Um estudo da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) diz:

“(...)Já no século XIX os astrônomos sabiam que essa energia não poderia ser gerada por combustão, pois a energia dessa forma poderia manter o Sol brilhando por apenas 10 mil anos. Tampouco o colapso gravitacional, fonte de energia proposta pelo físico alemão Hermann Ludwig Ferdinand von Helmholtz (1821-1894) em 1854, resultou eficiente, pois a energia gravitacional poderia suprir a luminosidade do Sol por 20 milhões de anos, e evidências geológicas indicam que a Terra (e, portanto, o Sol) tem uma idade de 4,5 bilhões de anos”.  
(Fonte: http://astro.if.ufrgs.br/esol/esol.htm)

“O Sol surgiu há cerca de 4,6 bilhões de anos, sendo uma das mais de 100 bilhões de estrelas existentes na Via Láctea. Segundo o Space.com, muitos cientistas acreditam que o Sol e o resto do sistema solar se formaram a partir de uma nuvem rotativa de gás e poeira gigante conhecida como a nebulosa solar”.
(Fonte: https://www.megacurioso.com.br/sol/68375-confira-alguns-fatos-e-curiosidades-sobre-o-sol-o-nosso-astro-rei.htm)

Isto quer dizer que, se o Sol não tiver a mesma idade, é pelo menos 100 milhões de anos mais jovem que a Terra, como dá a entender o versículo 3 do capítulo 1 de Gênesis.

4. E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas.
5. E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro.

Com a Terra e o Sol formados, se concluiu o primeiro dia. É importante citar que o primeiro dia durou de 9 a 15 bilhões de anos.

6. E disse Deus: Haja uma expansão no meio das águas, e haja separação entre águas e águas.
7. E fez Deus a expansão, e fez separação entre as águas que estavam debaixo da expansão e as águas que estavam sobre a expansão; e assim foi.
8. E chamou Deus à expansão Céus, e foi a tarde e a manhã, o dia segundo.

Somente neste trecho se encontra a formação do nosso céu atmosférico, ilustrado na figura abaixo:


9. E disse Deus: Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num lugar; e apareça a porção seca; e assim foi.
10.E chamou Deus à porção seca Terra; e ao ajuntamento das águas chamou Mares; e viu Deus que era bom.

Há uma teoria de que, na escala de tempo geológico, o Hadeano é o éon (a maior subdivisão de tempo na escala de tempo geológico) mais antigo, datando do início da criação da Terra. O paleontólogo Preston Cloud criou o termo em 1972, e o geólogo Walter Brian Harland criou outro termo tratando-se do mesmo período, chamado “Priscoan Period”.

Este período tratava-se do estado primordial da jovem Terra, com rochas derretidas e constante calor. Deste período, foi encontrado no noroeste do Canadá a rocha mais antiga já conhecida, conforme consta a seguir:

"Essas rochas do norte de Québec ou têm 4,2 bilhões ou 4,28 bilhões de anos, ou são derivadas de um manto que é realmente antigo, por assim dizer, o ‘manto perdido’ que nós achamos que deveria estar lá, e que nós agora encontramos, caso sejam mais jovens que 4,2 bilhões de anos, diz o pesquisador Jonathan O'Neil, da Universidade McGill, de Montréal, Canadá”.

"Se a idade aparente de 4,28 bilhões de anos é geologicamente significativa, o material formador dessa rocha passa a ser o mais antigo conhecido. Até o presente a rocha mais antiga datada é o gnaisse acasta, também do Canadá, com 4,03 bilhões de anos. Só que o gnaisse acasta foi datado com método mais robusto", afirma o pesquisador brasileiro Umberto Cordani, da Universidade de São Paulo, e também especialista em rochas antigas”.
(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe2609200803.htm)

Sendo assim, é possível supor que os continentes são mais jovens que os céus e os mares em aproximadamente 400 milhões de anos. Isto evidencia que a Terra Seca surgiu após a criação dos mares e do firmamento, seguindo a sequência de Gênesis.    

11. E disse Deus: Produza a terra erva verde, erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto segundo a sua espécie, cuja semente está nela sobre a terra; e assim foi.
12. E a terra produziu erva, erva dando semente conforme a sua espécie, e a árvore frutífera, cuja semente está nela conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom.
13. E foi a tarde e a manhã, o dia terceiro.

O terceiro dia seguiu-se conforme a escala de tempo geológico. As primeiras formas de vida teriam surgido no éon Proterozoico (do grego proteros = anterior e zoikos = de animais). Abaixo uma ilustração dos tempos geológicos:


14. E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais e para tempos determinados e para dias e anos.
15. E sejam para luminares na expansão dos céus, para iluminar a terra; e assim foi.
16. E fez Deus os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; e fez as estrelas.
17. E Deus os pôs na expansão dos céus para iluminar a terra,
18. E para governar o dia e a noite, e para fazer separação entre a luz e as trevas; e viu Deus que era bom.
19. E foi a tarde e a manhã, o dia quarto.

No versículo 14, Deus diz claramente que criaria luminares para a contagem de dias e anos não por Ele, mas pelo Homem. Isto evidencia que os “seis dias” descritos na Bíblia não tem a mesma escala e proporção dos dias da humanidade, mas que são proporcionais ao poder de Deus.

O versículo 16 fala da criação da Lua. A teoria mais aceita é “Hipótese do Grande Impacto” entre a Terra e Theia (um astro do tamanho do planeta Marte), resultando na aglutinação residual de ambos os corpos celestes. Aí não é possível estabelecer uma sequência lógica nos versículos, uma vez que se houvesse tamanho impacto durante o período Proterozoico, todo o planeta seria destruído.

A seguir uma matéria sobre sua criação da Lua (recomendo acessar o link):

“Conhecida como a ‘Hipótese do Grande Impacto’, ela está baseada na ideia de que um planeta rochoso conhecido como Theia — e de tamanho semelhante ao de Marte — teria esbarrado com a Terra há cerca de 4,5 bilhões de anos.
A colisão entre os dois corpos celestes teria resultado na destruição de Theia — que acabou se fundindo com a Terra —, e os detritos que ficaram em órbita ao redor do nosso planeta acabaram se condensando e dando origem à Lua”.
 (Fonte: https://www.megacurioso.com.br/lua/85202-voce-sabe-como-a-lua-se-formou-confira-algumas-teorias-interessantes.htm)

Mesmo não seguindo os versículos na sequência, a idade da Lua demonstra que ela surgiu pouco tempo depois da formação da Terra. Nesse caso, a Lua seria mais jovem que a Terra, tendo uma diferença entre 100 a 150 milhões de anos.

20. E disse Deus: Produzam as águas abundantemente répteis de alma vivente; e voem as aves sobre a face da expansão dos céus.
21. E Deus criou as grandes baleias, e todo o réptil de alma vivente que as águas abundantemente produziram conforme as suas espécies; e toda a ave de asas conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom.
22. E Deus os abençoou, dizendo: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei as águas nos mares; e as aves se multipliquem na terra.
23. E foi a tarde e a manhã, o dia quinto.

Provavelmente no quinto dia já se tratava do período Steniano, iniciado 1,2 milhões de anos atrás (era Meso-Proterozoico, do éon Proterozoico). 


Talvez apenas aí, no quinto dia, é que se possa aplicar a teoria da Evolução sugerido por Darwin. Encontrei 13 argumentos que contrariam esta teoria. Seus tópicos são:

  1. Informação
  2. Origem da vida
  3. O design das formas de vida
  4. Complexidade irredutível
  5. Segunda lei da termodinâmica
  6. A existência do universo
  7. A estrutura da Terra é perfeita para a vida
  8. O ajustamento da física
  9. O aparecimento abrupto no registro fóssil
  10. A consciência humana
  11. A linguagem humana
  12. O testemunho da bíblia

Como refutar o Evolucionismo deixaria o texto muito extenso, segue os links para apreciação:



Continua na parte 2.



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